Quando a mamãe Andressa entrou em contato comigo, fizemos o seu book de gestante e, posteriormente, ela me ligou com a notícia: " Você vai poder fotografar o meu parto! " ... Eita que eu nem cabia em mim!
5:30 da manhã e eu estava chegando no hospital, junto com minha amiga Mariana Rodrigues, que sempre foi uma ótima profissional e nunca, jamais, deixou a desejar. Dividimos o trabalho em 2. Fiquei com o parto, e ela com os momentos da família. Foi lindo, e extremamente emocionante.
No dia, publiquei o seguinte texto em meu facebook, que, acredito, descreve bem o momento e os sentimentos que tive durante este trabalho maravilhoso:
" E assim foram as primeiras horas do meu dia.
Talvez não as primeiras, tendo em vista que, desde que soube que poderia fotografar o parto de João Victor, já não conseguia mais dormir de tanta ansiedade! A ficha cai melhor quando já estamos vestidos. As mãos suadas dificultam o manejar da câmera. O olhar é sempre atento a cada detalhe, e nem por um segundo os pelos do meu braço deixaram de se arrepiar. Na espera, do lado de fora, foi difícil não chorar quando o pai, aparentemente bem mais nervoso e preocupado que eu, a mãe, e toda a equipe de médico juntas, disse: Essa é a mulher da minha vida.
Não é fácil ver ao vivo, a olho nu, cada estágio de uma cesariana. As vezes, não vou negar, olhei pra baixo, fechei os olhos, e a oração já havia virado uma cantiga mental, repassada a cada minuto. As gotas de suor já se formavam sobre a testa, e então a voz da equipe médica interrompeu meus pensamentos que já iam há anos dali, imaginando João Victor andando, com dentinhos, vendo suas fotos, e com aquela velha sensação de: Nossa, olha só como tudo aconteceu...
E eles gritaram: Olha João! Ele está vindo!
A partir daí meus dedos entraram em modo automático de sobrevivência fotográfica. Meus olhos viraram minha lente. Eu já não enxergava se não a tivesse ali. Cada movimento, cada segundo, tudo registrado por uma mão trêmula e uma fotógrafa com respiração ofegante e lágrimas que já não prendia mais, rolavam e esquentavam as minhas bochechas.
Ele saiu dali de dentro. E eu me lembro que pensei: Nossa, como ele é grande! 8:46 da manhã e João Victor deu o seu primeiro choro! Precisei me locomover para fotografar o encontro dele com a mãe e o pai, e só conseguia agradecer por minhas pernas estarem respondendo sem problemas!
Aí já viu, né? Bebê chorando, pai chorando, mãe chorando, eu chorando... rs.
E lá se foi João Victor! Tomar banho e ficar bonitão. Com certeza já azarou todas as menininhas do berçário, as enfermeiras, e a pediatra!
E lá estava eu! Revivendo aquelas horas mágicas e descobrindo que a vida é algo apaixonante. Assim como o João! "
Talvez não as primeiras, tendo em vista que, desde que soube que poderia fotografar o parto de João Victor, já não conseguia mais dormir de tanta ansiedade! A ficha cai melhor quando já estamos vestidos. As mãos suadas dificultam o manejar da câmera. O olhar é sempre atento a cada detalhe, e nem por um segundo os pelos do meu braço deixaram de se arrepiar. Na espera, do lado de fora, foi difícil não chorar quando o pai, aparentemente bem mais nervoso e preocupado que eu, a mãe, e toda a equipe de médico juntas, disse: Essa é a mulher da minha vida.
Não é fácil ver ao vivo, a olho nu, cada estágio de uma cesariana. As vezes, não vou negar, olhei pra baixo, fechei os olhos, e a oração já havia virado uma cantiga mental, repassada a cada minuto. As gotas de suor já se formavam sobre a testa, e então a voz da equipe médica interrompeu meus pensamentos que já iam há anos dali, imaginando João Victor andando, com dentinhos, vendo suas fotos, e com aquela velha sensação de: Nossa, olha só como tudo aconteceu...
E eles gritaram: Olha João! Ele está vindo!
A partir daí meus dedos entraram em modo automático de sobrevivência fotográfica. Meus olhos viraram minha lente. Eu já não enxergava se não a tivesse ali. Cada movimento, cada segundo, tudo registrado por uma mão trêmula e uma fotógrafa com respiração ofegante e lágrimas que já não prendia mais, rolavam e esquentavam as minhas bochechas.
Ele saiu dali de dentro. E eu me lembro que pensei: Nossa, como ele é grande! 8:46 da manhã e João Victor deu o seu primeiro choro! Precisei me locomover para fotografar o encontro dele com a mãe e o pai, e só conseguia agradecer por minhas pernas estarem respondendo sem problemas!
Aí já viu, né? Bebê chorando, pai chorando, mãe chorando, eu chorando... rs.
E lá se foi João Victor! Tomar banho e ficar bonitão. Com certeza já azarou todas as menininhas do berçário, as enfermeiras, e a pediatra!
E lá estava eu! Revivendo aquelas horas mágicas e descobrindo que a vida é algo apaixonante. Assim como o João! "
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